XIV
Histórias vestidas de pétalas
desfolhadas neste Mundo algoz
Que a voz lhe saia ainda que rouca no
desfolhar do malmequer
Espargindo indelével poesia como que
por magia chegando a vós
Como se despejasse em vossos cálices,
meu universo de mulher
Quero recitar teu nome velejar p'lo
Mundo fora meu grito
Desatar os nós do tempo, sorrir sem
espinhos no paraíso
Em tapetes de flores, flutuar na paz
do Mundo sem conflito
Nestes passos esta ânsia de abraçar-te
em poesia. preciso!
Quero no tempo que me resta Vivenciar
sem carpir
Crer em ti, em mim, no Mundo feliz num
lindo porvir
No espelho as marcas evidenciam o que
fui. O que sou
Na berma do tempo, o tempo flúi p'ra
além do mar
Quero o tempo de hoje, sem ter o ontem
p'ra recordar
Hoje...não quero falar do tempo que já
passou!!
Cecília Rodrigues _ 2006 _ Portugal
Para ler todos os sonetos_clique