Despi-me, ante teu meigo olhar ténue,
Depois, em sublime e doce ternura
Embarquei, no que foi, barco sem leme.
Ancorado em mar alto de ventura!
Numa troca de olhar, breve e fremente
Sob o nosso universo de loucura
Nasce um desejo cego, incandescente,
Numa entrega repleta de doçura!
Sedentos aos sabores do destino,
Quantos abraços doces e felinos
Agigantavam loucuras d'amor;
Enleados sob este amor tão menino,
Ouvimos tontos, valsas de violinos;
Indeléveis momentos de torpor!