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Página _ Andarilha Descalça_Cláudia

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de Fundo "Chaplin_auto retrato"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 

Nas ruas estreitas de Minas
 

Nas ruas estreitas de Minas
as lembranças
se escorrem.
 
São casas de pau - a - pique
chão de tijolo batido
é presépio iluminado
e um cheiro de pó de café.
 
É andorinha barulhenta
é silêncio de fiéis
é força
é coreto
é cultura
é barroco e folia de reis.
 
É fogão à lenha
é goiabada com queijo
pé-de-moleque e licor
gato andando nos telhados
e jardins tão bem cuidados.
 
É mesa farta todo dia
é rio São Francisco
quadro de santo nas paredes
o terço das quinze horas
e os casos de assombração.
 
É benzedeira cortando quebranto
é poesia de Drummond
é Tiradentes e JK
Alvarenga Peixoto
e minério que não tem fim.
 
Nas ruas estreitas
de Minas
há pedras e pés de Josés
e em cada caminhada
sente-se o cheiro da oração
e quase sempre falta rima
mas o que importa?
Se nas ruas estreitas
de Minas
encontra-se a solução.
 
Andarilha descalça (Cláudia)
direitos autorais reservados
 

Brasil

2006

 RR 

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