Crianças


Crianças, pobre badalar sem eco.

Amanhecer de corações famintos de amor

Nostálgicas como a amarelecida morte.

Risos, risos ternos como a ternura casta

Sem casa, sem pão sem amor,

Que um dual pôs no mundo sem futuro

Sem eco de um porvir.



Flores do amanhã sem florir,

Como cardos no distante sombrio.

Crianças sem pais, e sem norte...

Frutos do pecado?

Ou do amor comprado no canto da miséria.

Vítimas de um desejo carnal,

E atiradas sem dó para o monturo...


  18.11.05

Ferdinando Ferdinandes


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Imagens e fundos formatação Cecília Rodrigues