MANEQUIM!

Poema oferecido a mulher amada.

Raquel

Bernardino Matos.

Vejo você desfilando na passarela,

lépida, desenvolta, jovial, fulgurante, Insinuante, estonteante, sempre bela, em determinados ângulos, excitante.

A roupa que traz a marca do estilista, seria uma paisagem morta, estática, sem você, talvez, nem fosse vista, seria, apenas, uma peça enigmática.

Sua silhueta, seu andar encantador,

seus passos firmes, como se dissesse, sou a própria beleza, reflexo do amor.

Fique feliz, como se comigo estivesse.

Você foi retocada por Deus ao nascer, para inspirar poetas e suspiros provocar, até a brisa se orgulha somente em ter,

a chance de teu rosto

e cabelos tocar.

Quando te sentas à beira mar, ao luar, a lua aumenta seu clarão de tão feliz, seu reflexo parece as ondas enfeitiçar, acrescentas ao Arco-Íris mais um matiz.

Ao amanhecer o sol demora a se por,

ele faz cera, reluta, não quer dormir,

mas obedece à ordem firme do Criador, amigo, fez seu papel, está na hora de ir.

Pétala por pétala, a flor se abre preguiçosa, ela quer presenciar e admirar sua beleza,

sua cor está suave, tênue, terna, manhosa, você é mais um detalhe vital da natureza.

Um dia, na velhice, talvez assistirá em um DVD, seus desfiles, ouvirá aqueles aplausos, e dirá, segui o meu destino, cumpri com o meu dever,

proporcionei alegrias, sofri ilusões, Deus ouvirá.

Hoje casada, graças a Deus comigo,

sinto-me um felizardo

em ser por ela amado.

Somos mais que marido e mulher, somos amigos,

esse amor será para sempre abençoado.

Bernardino Matos

 

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