Biografia

Nasci a 13 de Setembro de 1951, no Baixo Alentejo. Portugal. Actualmente
vivo nos arredores de  Sintra
Sou uma pessoa doce, meiga e sempre bem disposta.
Sou amiga de quem me trata bem.
Adoro os meus três filhos e sinto-me uma mãe orgulhosa por os ter sabido
educar.
De profissão sou costureira.
Dediquei-me à poesia depois de ter ficado divorciada. Encontrei nela o
refúgio para desabafar as minhas mágoas.
Hoje sinto-me uma pessoa feliz.

Maria Custódia Pereira

*

Mais uma vez, no propósito de divulgar autores desconhecidos, Cecy & Poemas traz em seu contexto, mais uma poetisa, que libertou sua poesia  das gavetas, trazendo até nós um pedacinho do seu quotidiano. Desejando uma óptima leitura...Maria Custódia, fala por si.

Comentario: Cecília Rodrigues

http://groups.msn.com/Carinho

www.cecypoemas.com/maria_custodia_poesias.htm


 

MINHA MÃE

Minha mãe já é velhinha
Não tem forças para andar,
Mas é alegre, coitadinha
Pois está sempre a cantar.

Recorda as coisas alegremente
Como se hoje as vivesse,
Diz tudo tão contente
Sempre com o mesmo interesse.

É uma mãe muito querida
Até diz que quer dançar,
E gosta de ser ouvida…

...quando se põe a falar,
É uma mãe cheia de vida
Só que não consegue andar.

Mª Custódia Pereira
(Biazocas)
07/05/2006



 

LIBERDADE

Um dia sentia-me um passarinho
Angustiada, sem forças para voar,
Estava ali dentro do meu ninho
Numa gaiola, suspensa, apanhar ar.

Tudo à minha volta era tristeza
Chorava recordando o que já tive,
Nada se assemelhava à natureza
Não tinha o bem da vida. O ser livre.

Porém hoje ao adquirir tal liberdade
Feliz da vida percorro toda a cidade
E presa! nunca mais eu quero estar.

Posso mesmo vir a passar fome
Livre, eu sei que posso ter um nome
Liberdade, nunca mais m'a vão tirar.


Mª Custódia Pereira
Biazocas13/08/2006
 

 

MAIS UM SONETO

Neste soneto que te escrevo
já pouco tenho p'ra te dizer,
as letras saem em relevo
e eu à força quero-te ver.

Esperei por ti a noite inteira
de luz acesa e acordada,
tirei outro cigarro da carteira
fumei até chegar a madrugada.

Mas visto tu não teres chegado
saí da cama, fui para o banho,
já sabes que a nada és obrigado
mas ai de ti, se eu te apanho.

E este soneto dou por terminado
com catorze versos de tamanho.

Mª Custódia Pereira
(Biazocas)19/05/07
 

 

PRECISO DE COMPANHIA


Deixai-me ir convosco, por favor
há muito que me sinto aqui sozinha,
hoje o dia está sendo tão maçador
podeis talvez, dar-me uma palavrinha!

A noite foi longa e eu sem conseguir
pregar olho, foi só voltas e voltas,
se eu tivesse alguém para me ouvir
deixaria minhas mágoas mais soltas.

O sol a mim já não me aquece
a lua, essa então nem me ilumina,
a minha vida perdeu todo o interesse.

Nada muda, é sempre a mesma rotina
procuro em vão, mas nada acontece,
pois talvez seja esta a minha sina.

Mª Custódia Pereira
(Biazocas) 06-05-07
 

 

CONHECER-TE

Conhecer-te foi algo bom que me aconteceu
mas vivo triste aqui sozinha, distante,
ninguém é dono de ninguém, nem tu és meu
embora eu quisesse estar contigo neste instante.

Há dias em que me sinto tão sozinha
saio, vou para a rua, mas não te vejo,
volto p'ra casa e sinto como que uma espinha
espetada na garganta, que não sai com gargarejo.

Que será da minha vida futuramente
sem te ter do meu lado, aqui presente,
talvez adormeça deitada no sofá.

Vou esperar que regresses alegremente
para comigo viveres a vida docemente,
ou quem sabe, ainda hoje passes por cá.

Mª Custódia Pereira
(Biazocas)15/05/07

 

 

SE UM DIA

Se um dia te esqueceres de mim
Dizendo nunca me teres conhecido,
Ao passar por ti, gritarei assim;
(No meu coração nunca serás esquecido).

Mas se ignorares o que te digo
E mesmo assim fingires não me ver,
Eu juro ter estado sempre contigo
E que fizeste de mim, mulher.

Se as flores murcharem de paixão
Ao verem chorar meu coração
Então saberei que te perdi.

Triste, seguirei outro caminho
Deixar-te-ei ficar ali sozinho
Jurando nunca esquecer-me de ti.


Mª Custódia Pereira
(Biazocas) 11-03-2007

 

 

PRECISO DE UM POETA

Preciso de um poeta a valer
Que me faça estremecer de emoção,
Faça boa poesia p’ra eu ler
Daquela que me enche o coração.

Preciso ouvir do seu lamento
Palavras que me façam acreditar,
Que a vida não é só sofrimento
Que também tenho direito a amar.

E quando de noite eu acordar
Sentindo vontade de o ler,
Que o poeta me venha ensinar
Que eu também quero escrever.

Poetas, poetas e mais poetas
Temos de atingir as nossas metas.

Mª Custódia Pereira
(Biazocas) 24-03-2007

(Não guardem os poemas nas gavetas)

 


 

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