CONTO DE NATAL

 

 

 

 

 

Quando eu era criança, eu acreditava em Papai Noel, pedia presentes normais, nada impossíveis.
Porque dentro dos meus sonhos, mesmo sendo sonhos eles eram limitados.
Um belo dia viajando com meus pais para passar as férias de natal na casa de uns parentes, olhei para o fundo do carro junto com as malas, lá estava todos os nossos presentes, será que o papai Noel tinha se adiantado?
A cara de tristeza de meu pai e a bronca de minha mãe me fez perceber que eu fizera algo errado, tinha descoberto o segredo deles.
Foi nesse dia que descobri que papai Noel não existia que papai Noel eram meus pais, eu devia ter uns dez anos.
Decepção?
Tristeza?
Senti-me traída?
Não me lembro, quem mandou eu ser curiosa, quem mandou eu não esperar o tempo certo?
Mas este é o meu maior defeito, não o pior, mas o maior.
Sou curiosa, desconfiada, sempre com um pé atrás.
Perdeu-se a magia?
Na época sim.
Todos os anos eu e minhas irmãs fuçávamos os cantos e guarda roupa a procura dos presentes, lembrando mamãe dizendo que era o papai Noel que trazia os presentes, que ele havia trazido antes porque sabia que íamos viajar, mas não adiantava, a magia se fora.
Você cresce , amadurece, esquece e adormece.

Um belo dia você acorda e começa a acreditar em magia, no espírito do natal.
Por que isso?
Porque você quer acreditar.
Porque você aprende a confiar.
Porque você se apaixona.
Porque você entende o significado do velhinho barbudo, alegre, gentil.
Porque ele não lhe traz só presente, mas lhe trazem lembranças, lembranças de felicidades, lembranças de infância.
E também fica a pergunta para você que está lendo este texto:
__ porque o espírito de natal, do papai Noel está presente em você?
                   

Myrian Benatti _ Brasil

 

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