Noites de Junho
O calor da noite...
é convite para sair,
beber um copo,
extravasar emoções.
Noites de Junho,
para os poetas,
são como dogmas
para os profetas
ou para pedreiros
o fio-de-prumo.
Noites de Junho…
são noites para sonhar,
conquistar,
prometer,
alimentar
ou desfazer
ilusões…
Noites para namorar
sem compromissos
nem lugares fixos…
amar, com a alma nua,
e acabar com a rotina
que nos anula.
Noites de Junho
são noites para perder
a vergonha e o tino
em qualquer rua.
Noites para viver...
Para matar o stress
que nos domina
e em nosso peito
se acumula.
Noites...
para com a lua namorar
no quarto crescente
e traí-la
no quarto minguante.
Para amar a nova
num clima envolvente
e, ao sabor do acaso,
gozar prazeres
secretos de amante
com a lua cheia.
Noites de Junho
são como quadras
ditadas pelo vento…
paixões que a vida
semeia ao relento...
e a noite divulga
em baladas cantadas
ou choradas…
e beijos na boca...
ás vezes...
sabendo
a revezes.
Albertino Galvão
(DA)
Portugal
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