POR VEZES

 

por vezes transformas-te
na árvore da vida
e cresces, cresces

por vezes os teus ramos
baloiçam ao vento
que tu mesma não sopras

uma vez vestiste-te de poema
e vê lá, quase choraste!

todos os dias me visto de poeta
e, vê lá, choro a palavra em fuga
que corre numa rua sem fim!

hoje mesmo vesti-me de autocarro
e levei-te sentada no colo cansado

amanhã serei roda corrida
perseguindo-te na vida

quinta feira serei homem-feira
e espero-te no passeio sem tenda

vai alta outra noite de desengano
a palavra vai morrer
a tua imagem vai ficar


Adriano Pinho _ Membro SPA

 

 

 

 

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