Mavilde Lobo Costa

Morrer Pra Ganhar Asas O Canto da Sereia
Meu Espírito de Criança Voos de Andorinha
 
 
Colectânea _ da Autora
 
 
 
Adeus Loucura ...Adeus amor


Adeus amor …que muito amei!
Mas tu fugiste… e rejeitaste,
Desse malquerer eu já acordei,
Dos males de amor me separei,
Foram migalhas de ti…
Que nesse tempo eu vivi!...

Adeus loucura, adeus amor!...
Adeus ao sonho e à ilusão,
Podias voar neste calor,
Neste meu fogo, nesta paixão!...

Aproveitar para ser feliz,
Ao partilhar este viver!
Mas o teu ver, assim não quis…
Esse teu medo de bem-querer!
Trauma de teia!
Trauma de laço?
Nunca te quis tolher o passo…

Que medo o teu, sempre a fugir!
Só queria que… de ti me fartasses…
Do teu amor me saciasse,
E depois sim…poderes partir!...

Mavilde Lobo Costa (In Sabores de Amor)

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Pedi-te um Poema


Pedi-te um poema, meu amor!
E nele, fui buscar todo o alento…
Tudo o que nele dizes, com fervor,
Será pra minha alma, algum sustento.

Palavras que são armas e são pão,
Provocadoras rudes, de uma guerra;
Mas as doces, carinhosas o serão:
Por esse grande amor, que tudo encerra.

Pedi-te um poema! E mais terei!
Parecido com o que solicitei;
Adoro os que vierem mais de ti!

Mas não te pedirei! Pois os mereço!
E tu me ofertarás! Pois não tem preço!
O amor, que por ti tenho, e não vivi…


Maio 2006

Mavilde Lobo Costa (in Sentimentos)

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Sob a Aura
 
 
Sob a aura protectora do infinito
Os deuses proclamaram seu poder!
Que ninguém ouse, abafar este meu grito;
De amar e esconder este meu querer.

Sob a aura tenebrosa do infinito;
Me calei, e amordacei a minha voz.
Meu choro; meu cantar aflito;
Testemunhas, dum sofrimento atroz.

Sob a aura e na fímbria do infinito,
Ousei libertar todo o meu medo;
Me eliminaram; colocaram em degredo,
Para bem longe desterrada…resta o mito.

Mavilde Lobo Costa ( In Sentimentos)
 
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Sedução
 
 
Lançou-me um olhar iluminado…
Sorriu-me com esperança e com fulgor
Sedução de loucura em voz de fado
Vibrou todo o meu ser, enfeitiçado
Perdi-me na paixão por seu amor.

Seus beijos e abraços me percorrem,
Fragrâncias de frescura ao alvor…
Tão juntos nossos corpos, quase escorrem
Doçuras dessa calma, onde decorrem
Êxtases, satisfação e o langor.

Meu corpo para si foi peregrino
Em busca dessa Terra Prometida…
O seu jeito de amor, quase Divino
Em suas meigas mãos, eu fui um Hino
De Alegria e frémitos de vida.

De tanto se enlaçar já se mistura
A exclusividade dos abraços…
Dentro de minha alma, inda procura
Ser seu único amor, onde perdura
Um coração que pulsa, seu compasso.

Mavilde Lobo Costa ( In Sentimentos...)


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Sinto Nascer Novo Dia
 
 
Sinto nascer novo dia
Madrugada de flores…
Nova luz já me alumia
Sondam-me novos amores.
 
Dos velhos quero fugir
Mágoas, que só doeram
Compulsando, a mentir
Só nódoas negras fizeram.
 
O amor deve ser calma,
Ser bálsamo e ternura…
Dar segurança na alma
Com impulsos de loucura.
 
Loucuras que quase cegam!
Desejos, que quase matam…
Ensejos que nos entregam,
Algemas e nós que atam.
 
Alcancei a liberdade!
Meu pulsar já é diferente…
Coração em sociedade
Vive em ânsia de verdade,
Meu perdoar? Indulgente.
                                         8/06/06
Mavilde Lobo Costa (In Reflexos e Restolho)
 
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Perco meu olhar

 


Perco meu olhar nos montes
Nestes recortes sem fim…
De sombra, penumbras, fontes,
Sol, azul e horizontes,
Que fazem parte de mim.
 
Há neles as capelinhas
De mães e santas senhoras,
Que em preces adivinhas,
Expurgam ervas daninhas
Pra colheitas e boas -horas.
 
A Senhora dos Prazeres
Lá no monte, feito Cunha,
Vigia meus afazeres…
Minha casa é testemunha
Avista-se, d’onde quiseres.
 
Senhora da Piedade
Padroeira de Sanfins…
Santuário de verdade,
Onde anjos e querubins;
Velam pela integridade
De pensamentos ruins.
 
O Senhor do Fim do Mundo
Tão minúsculo vislumbro,
De tão longínqua distância…
Todos os cumes têm Santos
Sóbrios e agrestes encantos,
Que me reportam à infância.
 
                                      12/08/06
    Mavilde Lobo Costa
( In Reflexos e Restolho)

 

 

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