Há poemas que não farei


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Há poemas que não farei

Há apelos que não digo

Há rimas que não usarei

Vou partilhá-las contigo

 

À droga não apelarei

À guerra não quero ir

Ódio não o usarei

Para meus males carpir

 

Para isto me convidaram

De pronto eu o tentei

Mas tal como disseram

Há rimas que não farei

 

Com hipocrisia não rimar

Com traição também não

Palavra ciúme não soletrar

Mas que grande trabalhão

 

Quem muito fala pouco acerta

É um ditado bem antigo

Quando a tristeza nos aperta

Nada melhor que um amigo

 

Agora  e para terminar

Apelos há que não deixei

Nem que só seja a brincar

Há poemas que não farei


Ventura Telo
(Meigo44)