Minha Rua

Ciranda

Página _ Augusta Franco _Ludus

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de topo "Chaplin_auto retrato"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 

A Minha Rua

a minha rua
já não é a minha rua
nunca foi minha
porque também não era tua
outro reino
pedra nua
zona de perigo
por certo
ou logo ali
o olhar desconhecido
ameaça de deserto...
a minha rua
era um desejo constante
os outros
ali tão perto
mas uma menina
assim "certinha"
tinha margens e maneiras
a rua
não podia ser
lugar de brincadeiras
sobravam-lhe as palavras e a lua
noites inteiras...
escuto ainda a sua luz
trespassam-me as vozes
que vêm dela
o mercado
o liceu
o jardim
canto da cidade
rasgado na minha janela
da sacada
com corrimão
a minha rua
vista...vivida
do 2º balcão
guardo o meu gesto
sossegado
o olhar temperado
pela paciência
à espera de ver um dia
a minha rua
renascer na minha ausência
 
ludus

RR 

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