Foto - Buarcos Figueira da Foz

Meu Grito


Fiz do meu poema uma espada afiada.
Escondida na concha de tua mão
São meus versos de seta penetrante
S'condidos dentro do teu coração.

Escuta minha voz, lá bem distante.
Tu estarás atento e bem longínquo,
Eu chamarei por ti logo à nascença...
Deste poema, que agora é meu grito!

Quando eu pensava cá para comigo:
- Foi em vão que gastei as minhas forças!
O teu amor detenho aqui, comigo...
Depois de tanta espera, a recompensa
Neste poema que em ti, vive escondido.

Trancada e só em meus vis pensamentos,
Rolam lágrimas p'la face descrente.
Eu conto-as como gotas de lamentos,
Intermináveis como grãos de areia,
Espalhadas em praia de tormentos.

(Fiz do meu poema, uma espada afiada)
Do meu grito uma seta penetrante,
Do meu lamento... música afinada
E do meu pranto, uma esp'rança silente.



Cecília Rodrigues


 

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