Reflexos do Ocaso

 

 

 

 

Eu sei de cor o teu brilho dourado

Que as ondas vem beijar...

São reflexos do teu Ocaso… oh! poente...

E aquela gaivota quer-me falar;

Minh’alma a ela transportei...

E a sensação de poder voar...

Sublimes asas que sonhei!

Aqui sentada à beira-mar;

E até o sol se pôs a rir,

Deste meu sonho bailado...

No adejo da ave um porvir...

Do meu futuro sonhado;

E perguntando ao meu ouvir,

De Esperanças já cansado...

Quais lembranças hão-de vir?...

Meditando aqui cismado;!

Pardacentas, silenciosas...

São as horas do meu passado;

Espelhadas no poente...

E o poente aqui sentado;

E no meu rol indolente...

Cismo um futuro conturbado,

Mas contudo, o meu presente,

Resume-se simplesmente:

- Naquele adejar pausado...

 

Cecília Rodrigues

Set./2007/Figueira da Foz

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                                       art final by Damita