Minha Rua

Ciranda

Página _ Ferdinando_(Ferdi )

 

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de fundo "Dório Gomes_Quadro"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 

A Minha Rua

 

No gemer dos anos que germinam ais

que brotam lágrimas nos olhos

na penumbra primordial do existir!

As crianças que fitam só escuridão

choram caracterizando miséria extrema

 

Na tarde crepuscular, no dobrar da esquina,

raparigas trocam o último beijo

de um amor ocasional

 

As pessoas dispersas gritam no embrulho

e na nudez das casas pobres ouve-se o terço,

rezado em família num fervor, ornado de fé

 

Na taberna, infindáveis palavras obscenas

ao som dos escarros violáceos de embriagues

No distante, a noite cresce enlutada e fria...

O silêncio fere as estrelas!

num flagelo tingido de corrupção obscura...

 

Ferdi. Alemanha

 

www.fersi.de

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