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I
O inverno alagou o charco
Onde voga o bote de papel.
Uma rã saltou prò barco
E coaxou... balouçando !...
Vai ficando... até quando !
As abelhas, agora
Pra mim, já não fazem mel...
Foram-se embora.
O vento geme na folhagem.
Num galho, um pássaro chora
Consternado
Porque o ninho foi roubado.
Um falcão, grita agonia
Sendo um ponto na paisagem.
Ao longe, uma cotovia
No silvado assobia
Num tom triste, magoado.
A natureza que encanta
Moribunda, já não canta
E o ar que é respirado
Vai atacando a garganta.
Triste fado !...
A gruta que ali existe
Está escura, fria e triste.
Há algo que em mim quebranta ....
II
...Se a vida continua
E eu não estou magoado,
Se me sinto bem assim,
Será que estou perturbado
Por estar com pena de mim ?!
Sei que há meninos na rua,
Sei que o ninho foi roubado,
Sei de quem não tem telhado.
Sei de alguém que se insinua
E foge à verdade crua
Enquanto eu fico calado...
...Mas eu tenho o meu jardim !...
Humberto Soares Santa
Cotovia, 2002-10-02
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direitos de autor reservados
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Imagem : Obra Margarida S. Santa
Em Poesia, vamos
brindar,
á tua presença amiga,
á tua palavra tão importante,
para o engrandecimento de minh'alma...
aqui edifico e neste momento,
grandes amizades e sobretudo a calma ...
Obrigada queridos amigos ,
por esta flor me ofertar,
são vossas palavras pétalas de rosas
que vós aqui vindes deixar...
Cecília Rodrigues
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