Minha Rua

Ciranda

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Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas janelas do nosso olhar ,  uma beleza rara plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num cumprimento silente!!
 
 Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do caminho à entrada... ai que alegria me invade  !!
 
Comentário: Cecília Rodrigues
 
Imagem de fundo "Dório Gomes-quadro"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
 
 
Sobre Estas Pedras...
 
 
Caminhei errante
pela noite
Sobre calçadas
desnudas de gente.

Escutei sobre o silêncio
de meu pensamento...
Este som que me aturdiu
de rompante.
 
Calara-se a noite
para me ouvir pensar
Abriram-se vielas
para me ver passar.

Continuei vagueando
em histórias...
perdidas no tempo.
Como se o vazio
do espaço...
quisesse encontrar.
 
Errante escutava
esta nobre calçada...
Pejada de rumores
para sempre calados.

De saberes e graças boas
ou mal aventuradas...
Das gentes que outrora
a caminharam.
 
Calara-se a noite
para me ouvir pensar...
Abriram-se vielas
para me ver passar.

Errante, segui...
meus passos na noite.
Sobre esta calçada viva.
Sobre estas pedras...
que eram a minha própria vida.
 

Jorge Assunção
2004 / 04 / 17

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