Ao publicar este pequeno poema , na página da APP( Associação
Portuguesa de Poetas )...e mediante respostas seguintes dos
amigos , Sustelo e Benilde Fontinha ...sugeri, que fizéssemos
uma continuação...pois creio todos nós devemos ter um sentimento
especial pela nossa rua , onde estão por vezes guardadas belas
estórias de amor , ou de dor , e mesmo sem ter um jardim, pelas
janelas do nosso olhar , uma beleza rara
plantada nas bermas, e as nossas pedras tem mais brilho, ali
onde se escondem os nossos passos todos os dias e ao ver-nos
passar , até elas ( as pedras) fazem-nos uma vénia num
cumprimento silente!!
Sorriem à minha chegada...lapidam um brilho de saudade...e do
caminho à entrada... ai que alegria me invade !!
Comentário: Cecília Rodrigues
Imagem de topo "Chaplin_auto retrato"_Formatado por Cecília
Fonte _Google
Minha Rua
A minha
rua tem passado,
tem
presente,
tem
futuro.
Tem cheiro
de histórias vividas.
Causos
contados ao anoitecer,
Alegria da
vida, choro do luto.
A minha
rua fica numa cidade pequena.
Todo mundo
se conhece
desde
pequenininho.
A fofoca
corre solta,
é um
tititi daqui um tititi dali.
È uma rua
calma, sem violência.
Cheia de
namoros e casamentos,
crianças
e velhos.
Minha rua
parece um T,
tem começo
não tem fim.
Tem festas
juninas.
Tem
brincadeiras de crianças.
Tem
recordações.
Myrian
Benatti
Brasil
RR
Fiz o poema com minha filha Regina , ela tem treze anos.
A minha rua
A minha rua tem lembranças,
De bagunças das crianças
Nas pedras, nas árvores, na
calçada.
Nas brincadeiras de roda, e até nas
caminhadas.
Na minha rua tem saudades
Dos tempos que se foram,
Deixamos pra trás as idades
Nossos olhos choram,
Sentimos falta do passado
Do sentimento calado.
Myrian Benatti e Regina
Benatti
Brasil
RR
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