Soneto sem a letra "A"  _ Tere Penhabe

  

Sonhos que eu trilhei

Tere Penhabe

 

De longe eu vim, sendo o que eu sempre fui.

Em muitos e novos horizontes eu me reencontrei

e descobri em tempo, que o tempo ficou

no esdrúxulo ninho, onde por certo morei.

 

O curió me esqueceu, e sei que eu

infringi e esqueci, o que foi bom e eu vivi

mente cruel, que é infiel, diz que perdeu

inclusive sonoro gorjeio do meu bem-te-vi.

 

Um colibri eu vi morrer no seu vôo

tremendo de frio e medo, como eu fiquei

em noites que enfrentei, onde sorrindo entoei

o conjunto de sons que me restou.

 

É pouco, muito pouco, eu sei disso!

Porém, é o que tenho, é meu e é tudo

que viver é sempre correr muitos riscos

decifrei os meus sem dor, mesmo feitos de

 luto.

 

Por isso irei, sem sentir nenhum desgosto

no vôo feliz do tiê-fogo que eu deixei

vejo estremecer o triste mês bem posto

tempo de perder o resto do que eu sonhei.

 

Santos, 05.07.2007

www.amoremversoeprosa.com

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